sexta-feira, 15 de maio de 2020

Use água oxigenada


Você sabe os benefícios que a Água Oxigenada traz?

90% das pessoas não sabem, porque não é divulgado,
Por ser um produto de fácil acesso e que não dá lucro por ser muito barata!
Por isso, pesquisei muito e trago as informações que vão te auxiliar no dia-a-dia, acompanhe a lista de benefícios:

1- Mata os germes bocais 
2- Clareia os dentes (coloque uma colher de sobremesa de água oxigenada vol. 10 e faça bochecho, depois cuspa);
3- Tira os germes das escovas de dentes que causam gengivite e outros (mantenha a escova numa solução de água oxigenada);
4- Desinfeta as superfícies melhor que qualquer outro produto (excelente para banheiros e cozinhas);
5- Elimina fungos dos pés que causam chulé (utilize à noite sobre os pés, também evita frieira e outros fungos);
6- Evita infecções,
7- Desinfeta
8- Ajuda na Cicatrização (use várias vezes ao dia, alguns casos de gangrena regrediram com o uso);
9- Mata germes e outros micro organismos nocivos
10- Alivia o nariz que estiver com constipações, gripe ou sinusite (misture meio-a-meio com água pura e pingue no nariz, espere alguns minutos e assoar o nariz);
11- Ajuda manter a pele saudável (use no banho, pode ser usada em caso de Mico
12- Desinfeta roupas que tiveram contato com sangue ou secreções corporais (Deixe de molho numa solução de água oxigenada antes da lavagem normal);
13- Mata bactérias na cozinha, inclusive salmonela (após o uso dos utensílios, desinfete com água oxigenada);
14- Remove tártaro dos dentes (molhe a escova com a água oxigenada e escove normalmente, o tártaro sai aos poucos);
15- Descolorir pelos dos braços (aconselhável passar creme de óleo de amêndoas antes de iniciar o processo, use a água oxigenada vol. 40 + pó descolorante, passar sobre os pelos que deseja descolorir e aguardar entre 10 á 30 minutos, lave o local onde passou a loção, após o processo);
16- Clareia as manchas no rosto (passe toda noite com pequenos ?toques? em cima da mancha que deseja sumir);
17- Clareia as unhas ( coloque num pote água quente e uma tampinha de água oxigenada ou uma colher de sopa do produto, deixe suas unhas mergulhadas nessa solução por 10 minutos e retire. Obs: As unhas devem estar limpas e sem esmalte);
18- Tira água do ouvido (Pingue uma gota de água oxigenada e tira aquele efeito aquário, quando fica muito tempo na água da piscina ou do mar);
19- Deixa os pés lisos, livre de rachaduras (coloque 10 comprimidos de melhoral adulto + 1 vidrinho de glicerina médio + 1 vidrinho de água oxigenada, triture o melhoral num recipiente, até ficar em pó, acrescente os demais ingredientes, misture e tampe. Use á noite, antes de ir dormir);
20- Tira manchas de vinho e de sangue das roupas (pingue em cima da mancha e depois lave normalmente, proceda com água fria de preferência).

Não encontrei a autoria

Ave Maria


O texto latino clássico do “Ave Maria”, tão musicado por compositores de todo o mundo sofreu desde a sua origem, através dos tempos, um processo de variação e de alongamento, até chegar ao texto atualmente aceite na liturgia católica.
Na igreja ocidental foi usado como canto litúrgico a partir do século IV, mas apenas com as palavras registadas como  proferidas pelo anjo Gabriel, na Anunciação a Maria “Ave Maria, gratia plena. Dominos Tecum”.
A partir do século VII juntaram-lhe as palavras de Santa Isabel: “Benedicta tu in mulieribus et benedictus fructus ventris tui”. 
Na Antífona de S. Gregório Magno aparece pela primeira vez como Ofertório do Domingo IV do Advento.
No século XIV foi introduzida a terceira parte, que era diferente da actual redacção: “Santa Maria, Regina coeli, dulcis et pia, o Mater Dei, ora pro nobis peccatoribus, ut cum electis te videamus”.
E este texto começou a ser utilizado nos motetes polifónicos, a partir do século XV.
Foi no século XVII que foi adotado o texto usado atualmente, modificando a segunda parte: “Santa Maria, Mater Dei, ora pro nobis peccatoribus nunc et in hora mortis nostrae. Amen”
É muito importante atentarmos nesta modificações ao longo do tempo para encontrar manipulações de partituras antigas, que actualmente nos são apresentadas com textos que não pertencem à época em que foram escritas.
Inicialmente as peças gregorianas do Ave Maria pertenciam a lugares fixos dos Ofícios Litúrgicos, mas com o surgimento de versões polifónicas e principalmente a partir das obras dos compositores românticos (Mendelssohn, Liszt, Verdi, etc.) o Ave Maria converteu-se em motete independente.
O Ave Maria de Victoria: Foi o compositor, Tomás de Victoria nascido em Ávila, um dos primeiros que escreveu polifonicamente sobre o texto do Ave Maria. Mas deveremos falar de duas versões do Ave Maria, atribuídas a Victoria. A primeira, menos conhecida, é uma partitura para 8 vozes mistas e com texto próprio do século XV, igual á que compôs Palestrina para 4 vozes mistas. A segunda, a que universalmente se conhece como a Ave Maria  de Victoria, com o texto oficial actual.
O grande musicólogo Samuel Rubio publicou no IV Volume da sua obra “Tomaz Luis de Victoria/MOTETES” as duas partituras do Ave Maria. 
Ainda que nesta edição não faça nenhuma observação, no entanto, nos cursos de musicologia que orientou afirmava que é muito duvidoso que o famoso Ave Maria de Victoria seja realmente dele.
Razões:
a)     A tonalidade de Re em que está escrita não usual em Victoria.
b)    A cadência plagal encontra-se cortada em dois acordes, caso único em Victoria.
c)     Entre 1583 e 1603, vivendo Victoria em Roma, for5am editados por Milán Y Dilinga os seus Motetes marianos e não se encontra entre eles esta partitura.
d)    Neste Ave Maria o texto de Sancta Maria é do século XVII.
e)     A cadência final está escrita em uníssono, algo raríssimo em Victoria.
f)      A autoria do Ave Maria de Victoria data do século XVII, depois da morte daquele compositor.

O Ave Maria de Arcadelt: Jakob Arcadelt, compositor holandês nasceu antes de 1514 e faleceu em Paris depois de 1557, distinguiu-se por ser madrigalista  com um estilo muito pessoal.
 Quanto à sua Ave Maria, ainda que não tão conhecida e difundida como a de Victoria, cabe-nos afirmar que, graças à sua estrutura harmónica agradável e de fácil aprendizagem, foi editada diversas vezes, nos últimos anos e é atualmente interpretada por muitos coros. 
No entanto é demasiado evidente que Arcadelt não pode ter escrito aquela partitura, uma vez que o texto utilizado é o do século XVII, época em que ele não viveu.
O musicólogo italiano J.A.R. Casimiri escreveu na revista “Note d’Archivio per la Storia Musicale” (1942) o trabalho “Uma canção verdadeira e uma falsa Ave Maria”. Explica a manipulação efectuada com esta partitura, que originariamente era uma canção popular.

O Ave Maria de Schubert: Esta popularíssima partitura tem gozado e continua a gozar do agrado geral, o que a coloca em lugar de grande destaque entre todas as outras. 
Por amor à verdade cabe-nos afirmar que esta Ave Maria não tem o sentido de que temos vindo a falar.
Schubert escreveu uma composição para voz e piano, em 1825, Op. 52 com o nome “Ellens Gesang I, II, III”, sob o texto do poema “The Lady of the Lake”, de Walter Scott, traduzido para alemão por Adam Stork. A terceira parte da obra é o Ave Maria. Aqui deixamos o texto original:
                   Ave Maria, Jungrau mild,
                   Erhöre einer Jugfrau Flehen,
                   Aus diesen Felsen starr und wild
                   Soll mein Gebet zu dir hin when.
                   Wir schlafen sicher bis zum Morgen,
                   Ob Menschen noch so grausam sind.
O Jungfrau, sieh der jungfrau Sorgen,
O Mutter, hör ein bittend Kind!
Ave Maria!

Ave Maria! Doce Virgem,
Escuta a prece de uma jovem
Daqui deste lugar inóspito,
A minha oração deverá chegar até ti.
Nós dormimos até amanhecer
Apesar da crueldade dos homens.
Oh Virgem, olha
As desditas desta jovem,
Oh Mãe, ouve
A uma filha que te pede!
Ave Maria!

O texto continua, repetindo-se pela terceira vez o tema musical.
 O acompanhamento é somente pianístico.
Franz Schubert não tinha intenção de escrever com esta obra uma partitura religiosa, das mesma forma que não o são as outras duas primeiras partes da sua Op. 52, “Ellens Gesang I, II, III”. Em  1842 o seu irmão Ferdinand Schubert converteu esta peça numa versão orquestral, de forma a poder interpreta-la numa igreja. Depois, multiplicaram-se as adaptações por “arranjadores” completamente estranhos ao compositor, adaptações corais ou com solista, com diversos e variados textos, e entre nós latim e castelhano, normalmente mal adaptadas.

A Ave Maria de Gounod: Está fora de questão que esta partitura deu uma enorme celebridade ao compositor parisiense Charles Gounod, que inicialmente a escreveu como “Meditação sobre o primeiro prelúdio de Bach”. Face a este facto justifica-se uma análise cuidada da sua génese e popularização.
Vamo-nos servir para este desiderato de uma linhas escritas por um dos seus biógrafos, Camille Bellaigue: “Melodia muito fácil com duas ou três páginas apenas, a Meditação sobre o primeiro prelúdio de Bach, muito fez, talvez mais do que seria lógico, pelo glória de Gounod ... Sains Saëns referiu, com muito espírito, as transformações e deformações por que passou esta pequena peça. No princípio apenas se tratava de uma melodia para violino, acompanhada pelos acordes, em harpejo do piano, tal como acontece num prelúdio clássico, no entanto «um coro a seis vozes, cantando em latim, fazia ouvir misteriosamente, fora de cena, os acordes que suportavam a melodia.
 De seguida foi o coro eliminado, sendo substituído por um harmónio; .... após o que se juntou uma orquestra, sem esquecer os bombos e os tímpanos ... e o público delirou com este monstro.”
Esta adaptação mostra-nos do que era capaz Gonoud ... 
O velho Bach eventualmente teria aplaudido a ardente cantilena que nasceu a partir do seu impassível prelúdio. 
De certeza esta melodia não se assemelha, de forma alguma com esses acordes ... No entanto, uma vez que nasceu a partir deles ... encontrava-se imbricada neles e por isso, responsabilizada por eles.” (Edit. Tor, Buenos Aires, 1942).
O Ave Maria de Uzandizaga: Esta partitura, extraída da Pastoral Lírica Basca “Mendi mendian” que é tão popular no País Basco, tem também uma história.
Devemos informar que “Mendi mendian”, a quando da sua estreia continha partes faladas. 
Na parte cantada era utilizada a língua basca (Euskera) e nos diálogos era utilizado o castelhano.
 O texto original, que foi todo escrito em castelhano era de José Power. 
A versão das partes cantadas em basco era de José Artola, nascido em S. Sebastian, nome que nunca aparece nas edições daquela peça.
A ideia de suprimir as partes faladas e de transformar a Pastoral Lírica numa ópera exclusivamente cantada, foi de Francisco Gaskue.
No que se refere à célebre Ave Maria, cabe-nos afirmar que nos primeiros manuscritos de José Maria Usandizaga, esta partitura não era uma Ave Maria, mas apenas uma oração à Virgem.
Na Pastoral um grupo de romeiros em festa visita uma ermida nas redondezas da aldeia, entram nela a cantam à Virgem a seguinte oração:
                   Ama Maria, eder zerana
                   zoragarria besterik ez da ...
                   Zu beziñ garbia, Zu zera beti
                   biotz bera da biguña
                   Zu begira emen gaude;
                   erruki zaite guzaz oparo,
                   artu eskariak samurkiro
                   ta lagundu gero. Amen.

Nos manuscritos de José Maria Usandizaga existe uma cópia da oração à Virgem com o texto em basco, que acabamos de transcrever. 
No entanto, existe uma cópia do Usandizaga com o texto em latim do Ave Maria, versão que foi publicada e é aquela que normalmente é utilizada. 
Ignoramos que razões teve o compositor para introduzir esta modificação.
O que não existe qualquer dúvida é que a peça foi imaginada com o texto em língua basca, e que posteriormente foi introduzido o texto latino.
Com estas breves linhas não se teve qualquer outro propósito, senão “avisar” os utilizadores das Ave Marias mais populares para terem uma ideia dos caminhos que pisam.
São muito os compositores bascos que musicaram este texto tão famoso e todos eles deixaram a sua obra aos interpretes sem qualquer complicação: Hilarión Eslava, Felipe Gorriti, Nemésio Otaño, P. Donostia, Jesús Guridi, Luis Irruarrizaga, Norberto Almandoz, Luis Aramburu, Luis Urteaga, Francisco de Madina, Tomas Garbizu, Lorenzo Ondarra, Javier Busto e um enorme etc.



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quarta-feira, 6 de maio de 2020

A noite vai chegando

A noite vai chegando
A noite ainda não chegou
A tarde cai sobre mim
O brilho e fulgor do meio-dia se foi
O fogo do sol ficou ameno
Nos olhos brilham as luzes das lembranças
Nos cabelos já carrego o dourado do entardecer
E já se deslumbram os fios prateados da lua Luz do sol refletida
Calor morno da noite que se aproxima
Na tarde em que estou agora
Ainda posso realizar alguns projetos
Mas não posso impedir que a noite se aproxime
Tenho que compreender que do dia a noite vem
E tudo passa e se transforma
Beleza e amor se modificam, adormecem
Os sentidos se acalmam frente à noite que chega Implacável e lenta
No auge da meia-noite outro sol irá brilhar
Onde ??
Em qualquer lugar..
.. se este lugar existir...!!!
Se eu encontrar este lugar !!!!
Não sei !!!
Novo amanhecer nos raios de um novo sol
Que acontecerá com certeza
Mas que só poderei saber ou sentir
Quando lá chegar !!!
SolCira
11Março2012
Poema do Livro Só 4

Feliz aniversário

Feliz aniversário
Qual a cor da tua pele??
Branca? Negra? Vermelha? Amarela?
Não sei.
És uma mistura que nem sei.
Te chamam de mulata. Parda. Morena.
Teu cabelo??
São as ondas crepitadas das águas do mar.
Teus olhos ??
Castanhos, luminosos, refletem o dourado do sol.
Teus lábios??
Carnudos, acobreados.
O corpo balança ao ritmo marcado no sangue ancestral no molejo dos quadriz, remexedores, envolventes.
Os pés pouco tocam o chão e fazem teu corpo voar deslizando ao ritmo quente dos tantans.
Os tambores marcam tua vida, tua alma e dão a todo teu ser a garra para vencer.
Teu sorriso??
Ah!!, O teu sorriso. É farto, branco, brilhante, matreiro, conquistador.
Nos olhos cintilantes trazes um não sei o que de melancolia, tristeza e saudade.
Saudade de uma terra tão distante em mares nunca vistos por este teu olhar.
Sim, quem és tu ???
Sei que trazes contigo esta alma africana que habita neste Brasil vermelho, verde, azul, amarelo, na mistura de outras cores, de outras raças.
Neste Brasil que te tornou assim : ritmo, embalo, mistura, saudade, suor, sangue, cor, pele, cabelo ...
Que se tornou teu lar, tua terra, teu lugar, que te fez ser raça brasileira,
Só, tão e somente só, Raça Brasileira.
11NOV2011
SolCira
Para Cyntia Santos de Almeida
Feliz aniversário

Cor Negra

Cor Negra
Falo da cor negra
Da negritude da noite
Onde cintilam a lua e as estrelas
Da negra cor dos olhos da criança,
Do esmalte da unhas,
Da graxa escorregadia,
Da terra adubada.
Falo da cor negra
Do batom que enfeita a boca,
Do negro dente estragado
E da dor lancinante.
Falo da cor negra
Da roupa que festeja a vida,
Que chora a morte
Na moda do corpo.
Falo da cor negra
Do brinco, do cordão e do anel
Na elegância da vestimenta.
Falo da cor negra
Do sapato, da bolsa, da calça,
Da meia e da meia-calça.
Falo da cor negra
Que aqui chegou nos navios infestados, infectados
Da cor escravizada
Que povoou esta terra.
Falo da cor negra
Que brilha nesta raça forte,
Ainda discriminada.
Raça que carrega nas palmas das mãos,
Nas solas dos pés, no brilho dos dentes,
Nos olhos saudosos a cor branca de seus irmãos.
Falo da cor negra
Lustrosa, luzidia de eterno labor,
Curtida de sol, suor, trabalho, calor.
Falo da cor negra
Que embalou reis, rainhas, senhores, senhorinhas,
Abrindo caminhos, plantando, colhendo, lutando, dançando
E que traçou o destino de nossa Pátria gentil.
11NOV2011
SolCira

Minha Prece

Minha Prece
Ao pé da cruz
Joelhos ao chão
Olhos fixos no rosto
No rosto amado do meu Senhor
Totalmente iluminada
Pela luz de seu amor
Senhor eu não sei rezar
Senhor ao pé da tua cruz
Perdida estou na solidão
Que em mim está.
Senhor
Não consigo ver a luz do teu olhar
Devo parar de reclamar
De culpar o meu irmão
Me acalmar
Modificar meu coração
Devo me olhar em tua cruz
Ao irmão eu desculpar
E no Espírito que me envias
Poder descansar.
Estou na cruz
Na cruz com meu Senhor
Tentando entender
A dor na tua cruz
SolCira
27Jan2012

Olhando é que se vê

Olhando é que se vê
Escrever um texto?? Como escrever um texto??? Por que escrever um texto??
Gosto de escrever algo em forma de texto.
Contar do brilho no chão causado pela iluminação proveniente do teto.
Olhar a diversidade das pessoas que passam : seus corpos, o modo de se vestirem, os penteados, os braços balançando para frente e para trás, o andar agitado, gingado ou não, o pisar torto, desregulado, na bípede instabilidade do ser humano.
Aprecio a ornamentação local.
Vasos de barro brilhantes, coqueiros ( verdadeiros ou não ) , antúrios, palmeiras e outras variedades suculentas que não conheço.
E a ornamentação local ?
Vozes diversificadas.
Odores em geral, variados, secos, doces, amargos.
A escada rolante sobe e desce ininterruptamente.
A criança que grita querendo um não sei o que. Perturba insistentemente papais e mamães irritados com a gritaria.
O homem gordo usa bengala, será que seus joelhos não suportam mais seu peso exagerado??
A mulher idosa está com sacolas coloridas penduradas nos ombros.
Shorts, calças compridas, camisas, camisetas, sandálias, sapatos, tênis chuleirentos.
Mochilas, bolsas. bolsinhas, sacos, sacolas e celulares, muitos celulares.
Ah!!! e chapéus, bonés, faixas nos cabelos, laços, lacinhos, laçarotes....
Ao fundo o segurança, de terno preto, gravata e crachá, muda o peso de seu corpo direta, esquerda, deve estar com alguma dor no corpo mas está atento.
E os cabelos, isto sim é legal, longos, curtos, tranças, coques, rabo de cavalo, vermelhos, azuis,
trancinhas aos milhares, brancos, cinzas, jubas, arrepiados qual filme fantasmagórico, carecas...
Acho interessante usar óculos na cabeça, ou na testa. Penso se isto funciona para enxergar melhor.
Bebês, crianças, adolescentes, idosos num amontoado geral.
Casacos amarrados na cintura, acho que o traseiro está com frio.
Ouço vozes com seus diversos comentários, sons variados num tremendo burburinho. muitos semblantes sorridentes, outros muito carrancudos, alguns até gritam com suas parceiras.....
Ouço o canto de um passarinho é um som mentiroso, eletrônico que vem lá de fora, da rua, dos vendedores ambulantes que rondam o shopping.
Saio dali e me misturo ao rebuliço local.
Para onde vou???
Sigo um caminho que nem sei onde vai parar....

Livro Só 04